Usamos cookies para fornecer os recursos e serviços oferecidos em nosso site para melhorar sua experiência. Ao continuar navegando neste site, você concorda com o uso destes cookies. Leia nossa Política de Privacidade para saber mais.

Código de ética para laboratórios de análises clínicas por que seguir

Código de ética para laboratórios de análises clínicas: por que seguir?

As relações profissionais, internas e externas, dizem muito sobre um negócio. Mas quais condutas são desejáveis e quais ações deveriam ser proibidas? As respostas à essas questões você pode encontrar em um Código de Ética para laboratórios de análises clínicas.

Esse documento não é obrigatório. No entanto, é fundamental para que você tenha excelência em suas atividades. Quer saber um pouco mais sobre o tema? Confira nosso post!

O que é o código de ética para laboratórios de análises clínicas?

O que é o código de ética para laboratórios de análises clínicas? 

O Código de Ética para laboratórios de análises clínicas é um documento elaborado para orientar as ações dos colaboradores e transmitir o posicionamento do empreendimento aos fornecedores, clientes, mercado e sociedade. É, neste sentido, uma ferramenta que busca realizar a visão, a missão e os valores do laboratório. Em outras palavras, é uma “declaração formal de expectativas”.

Imagine que você tenha como valores o foco no cliente, o compromisso com a excelência, a valorização das pessoas e a melhoria contínua. Para que tudo isso seja seguido, o Código de Ética para laboratórios de análises clínicas deve trazer condutas que orientem a todos neste sentido. Seriam, por exemplos, instruções de condutas que atuam em conformidade com a ética social e com os padrões superiores de qualidade. 

Diante dessa definição, percebe-se que é algo próprio de cada negócio, já que diz respeito exclusivamente a seus valores. Portanto, cada laboratório possui seu Código de Ética Empresarial para expressar sua cultura.

Objetivo

O maior objetivo de se ter um Código de Ética para laboratórios de análises clínicas é regulamentar os princípios que orientam as relações na empresa e o trabalho dos profissionais. Os princípios éticos praticados internamente também servem de referência para as relações externas.

No entanto, como controlar as ações das pessoas? Esse é um grande desafio de gestão: a vulnerabilidade (condutas praticada pelos indivíduos). Atingir ao objetivo de um Código de Ética depende, portanto, de investimento na formação e capacitação dos colaboradores.

A conscientização acerca da conduta ética esperada de cada profissional que atua no negócio é fundamental. E ela deve abranger todos os funcionários, independentemente do nível hierárquico. 

Essa imagem interna no ambiente empresarial refletirá na imagem que o negócio transmite ao público externo. E quanto mais engajado o público interno está com a conduta ética, melhor. Não se esqueça de que o estímulo ao envolvimento e à capacitação dos colaboradores fortalece o vínculo empregatício, implicando em produtividade, motivação e bons resultados.

Um negócio com uma imagem interna sólida e confiável passa a impressão ao mercado de que fornece resultados de forma transparente, honesta e justa. Em suma, o laboratório se mostra consciente de sua responsabilidade social e empresarial.

Portanto, se seu laboratório pauta sua atuação em preceitos legais do negócio de assistência à saúde e em reconhecidos valores sociais, o Código de Ética para laboratórios de análises clínicas deve orientar as ações pelo respeito e valorização do ser humano, em sua privacidade, individualidade e dignidade.

Por que seguir um código de ética em seu laboratório?

Por que seguir um código de ética em seu laboratório?

O objetivo dO Código de Ética para laboratórios de análises clínicas traz consigo o maior motivo pelo qual ele deve ser seguido: pautar uma ação ética nas relações internas e externas, o que fortalece a imagem do negócio, agregando valor a ele. A ética passa a ser também um fator de competitividade.

Além disso, adotar esse documento também proporciona maior integração entre os funcionários do laboratório. Assim, todos os colaboradores se sentem seguros ao adotar formas éticas de se conduzir, uma vez que as condutas são um parâmetro para resolver problemas.

Estabelecer um Código de Ética para laboratórios de análises clínicas também dá à empresa um alicerce em caso de desvio de conduta de seu público interno e externo. Colaboradores, acionistas, fornecedores devem se conduzir dentro de elevados padrões éticos. Caso isso não ocorra, há sanções que podem ser aplicadas.

Em suma, o Código de Ética para laboratórios de análises clínicas dá respaldo para a empresa se proteger, ao mesmo tempo em que fortalece sua imagem perante o mercado e pauta a conduta de seu público interno.

Quais os princípios essenciais de um código de ética para laboratórios de análises clínicas?

Quais os princípios essenciais de um código de ética para laboratórios de análises clínicas?

Em um Código de Ética para laboratórios de análises clínicas, é preciso ter princípios essenciais que guiam a conduta do público interno. O conteúdo deve ter clareza e objetividade, de modo a facilitar a compreensão de todos. E qual é o conteúdo de um bom Código de Ética para laboratórios de análises clínicas? Veja a seguir:

  • Princípios gerais;
  • Regras de condução do negócio;
  • Conflitos de interesse;
  • Proteção do patrimônio do laboratório;
  • Relação com o ambiente de trabalho;
  • Relações internas e externas;
  • Responsabilidade social e ambiental;
  • Sanções.

Princípios gerais

Regras que tratam sobre o respeito às leis aplicáveis ao setor, bem como os princípios (valores) que devem ser seguidos. Dentre os princípios comuns, estão respeito, dignidade, honestidade, integridade, transparência, responsabilidade com público interno e externo (clientes, fornecedores, etc.), compromisso com os padrões de qualidade, excelência em atendimento, valorização da reputação do laboratório.

Condução do negócio

Neste tópico do Código de Ética para laboratórios de análises clínicas, o responsável por elaborá-lo faz uma declaração de cumprimento da legislação vigente no desenvolvimento das atividades laboratoriais, em todos os campos. Há também uma orientação aos colaboradores sobre atuarem obedecendo às leis para salvaguardar a integridade física e profissional da atuação. 

Mecanismos de controles contábeis e jurídicos devem existir para que as transações sejam registradas. No mesmo sentido, é preciso evitar qualquer desvio no cumprimento à legislação aplicável à saúde ocupacional e à segurança do trabalhador, e prezar pelo gerenciamento de riscos ambientais.

Conflitos de interesse

Regras que abordam a atuação do colaborador no laboratório de forma a não gerar conflito entre interesses pessoais e interesses do laboratório. Neste tópico, estabelece-se quais as condutas não são aceitas pela empresa por parte de seu funcionário, tais como:

  • Estabelecer, sem autorização da diretoria, relações comerciais como representante do laboratório com empresas em que o funcionário ou seus familiares tenham interesse ou participação;
  • Utilizar informações sobre negócios e assuntos do laboratório para influenciar decisões para favorecer interesses próprios; 
  • Utilizar equipamentos e outros recursos laboratoriais para fins particulares, sem autorização; 
  • Envolver-se em atividades particulares durante o expediente, sem autorização prévia do superior; 
  • Comercializar produtos ou serviços dentro do laboratório em benefício próprio; 
  • Tecer comentários depreciativos sobre o laboratório ou seus colaboradores, dentro ou fora do estabelecimento, ou efetuar qualquer ação que interfira negativamente no clima organizacional.

Proteção do patrimônio laboratorial

Um bom Código de Ética para laboratórios de análises clínicas também traz normas de condutos que dizem respeito à proteção do patrimônio laboratorial. Afinal, instalações, equipamentos, insumos, tecnologias e informações perfazem o ativo do negócio e destinam-se às atividades produtivas. Esse patrimônio é indispensável para a prestação de serviços de qualidade e tudo que ela envolve.

Neste tópico, é possível estabelecer a responsabilidade dos colaboradores em relação ao patrimônio. Um bom exemplo é prezar pela integridade, confidencialidade e disponibilidade da infra-estrutura de comunicação. Inclusive, aqui entra um ponto sensível, que é a não privacidade das formas de comunicação no trabalho. 

Além disso, é o momento de abordar regras sobre propriedade intelectual e sigilo de tecnologias, metodologias, estratégias, planos de negócios, informações gerenciais e de stakeholders. 

Por fim, são estabelecidas normas de condutas a respeito do uso de equipamentos e recursos do laboratório, tais como veículos, recursos de tecnologia da informação e outros.

Relação com o ambiente de trabalho

Normas que abordam como se portar no ambiente de trabalho, de modo a prezar pela civilidade entre colaboradores, independentemente da posição hierárquica, pelo respeito mútuo e pela cooperação. Neste ponto, é possível pontuar ações de prevenção e controle dos impactos ambientais e dos riscos, bem como condutas desejáveis dos colaboradores. Veja alguns exemplos:

  • É proibido fumar ou utilizar drogas ilícitas nas dependências do laboratório e em comemorações promovidas por ele;
  • É proibido o trabalho realizado sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras drogas. 

Relações internas e externas

Neste tópico do Código de Ética para laboratórios de análises clínicas, existem regras sobre as relações internas (entre profissionais) e as relações externas (relações com clientes, fornecedores, parceiros, etc.).

Quanto às relações internas, é preciso estabelecer condutas sobre os sócios, especialmente suas responsabilidades perante o negócio. Zelar pela imagem e reputação do laboratório, buscar atingir níveis crescentes de resultados, garantir o acesso à informação necessária e a aprovação do Planejamento Estratégico, dentre outras.

Internamente, também é essencial pontuar questões sobre a importância do ambiente de trabalho estimulante e produtivo, de modo com que todo profissional desenvolva suas atividades com eficiência. Neste sentido, é o momento de pontuar condutas que garantam:

  • Igualdade de acesso às oportunidades pelos colaboradores (critérios transparentes e objetivos);
  • Valorização da saúde e da segurança individual e coletiva dos colaboradores;
  • Intolerância a abusos hierárquicos e condutas hostis (assédio moral e sexual);
  • Intolerância a qualquer forma de discriminação ou ações preconceituosas;
  • Sigilo de informações pessoais (incluindo dados psicológicos e médicos);
  • Preservação do patrimônio, da imagem e dos interesses do laboratório;
  • Respeito e reconhecimento da diversidade das pessoas;
  • Estímulo ao crescimento pessoal e profissional;
  • Valorização da comunicação interna;
  • Reconhecimento do desempenho.

Na relação com clientes, o laboratório deve se pautar nos princípios de confiança e respeito, acolhimento e efetividade. É possível estabelecer regras específicas para cada serviço prestado, como análises clínicas, imunização e outros. 

Neste tópico, podem ser abordadas condutas sobre feedback do cliente como parte do processo de melhoria contínua, críticas e sugestões, política comercial, obediência ao Código de Defesa do Consumidor, confidencialidade das informações, tratamento digno e cordial, e prestação de informações adequadas.

Nas relações externas, as palavras mais importantes são reciprocidade e respeito. Essas relações envolvem:

  • Parceiros: normas de conduta que enfatizam um relacionamento baseado em transparência, confiança e ética, bem como sigilo de informações sensíveis;
  • Concorrentes: normas sobre concorrência leal nas operações e relações com negócios de saúde, bem como respeito e consideração à imagem e reputação de terceiros;
  • Fornecedores: normas de conduta baseadas em idoneidade, processos imparciais, transparentes e de qualidade, bem como viabilidade econômica e cumprimento à legislação vigente aplicável;
  • Sociedade: traz normas de conduta em relação a agentes governamentais (pode abordar inclusive manifestações de cunho político), entidades de classe, e veículos de comunicação.

Responsabilidade social e ambiental

Outro tópico importante do Código de Ética para laboratórios de análises clínicas diz respeito à atuação do laboratório quanto aos aspectos sociais e ambientais. Se o seu laboratório desenvolve alguma ação social na comunidade onde se insere, deve elencar o programa neste capítulo, juntamente com sua premissa, os destinatários e outras informações relevantes. 

Neste mesmo sentido, deve listar suas ações de comprometimento com o meio ambiente para demonstrar qual a política ambiental adotada pelo laboratório. Você pode citar:

  • Inclusão de objetivos e metas ambientais na gestão estratégica do laboratório, garantindo estrutura e recursos necessários para o seu cumprimento;
  • Apoio e incentivo a ações de controle e redução da geração de despejos;
  • Respeito à legislação ambiental vigente e aos procedimentos de saúde e segurança, por meio da otimização operacional;
  • Execução de novas metodologias em prol da proteção do meio ambiente, da comunidade, da saúde e da segurança dos colaboradores;
  • Manutenção de diálogo permanente com todas as partes interessadas, inclusive comunidades e poder público.

Sanções

De nada adianta estabelecer as condutas desejáveis em diversos âmbitos se o Código de Ética para laboratórios de análises clínicas não trouxer as possíveis sanções em caso de descumprimento.

Se o laboratório possuir um Comitê de Ética responsável por analisar as condutas, sua composição e suas atribuições entram neste tópico. Em geral, o Comitê é composto pelos profissionais de Recursos Humanos e de Gestão da Qualidade, bem como pela alta gestão. 

Dentre suas atribuições, estão avaliar periodicamente a atualidade e pertinência do Código, determinar ações para divulgar e disseminar os padrões de conduta ética dentro do laboratório, sinalizar e viabilizar atividades de reforço da cultura ética, julgar os casos de violação e deliberar sobre sanções.

Para que os trabalhos corram bem, é preciso ter canais de comunicação à disposição dos colaboradores e partes interessadas. Assim, os profissionais podem tirar dúvidas, realizar críticas e sugestões, bem como fazer denúncias à Ouvidoria. 

Quanto às sanções, cada gestor é responsável por divulgar o Código de Ética e as consequências de sua violação. As penalidades são definidas de acordo com a gravidade da ocorrência, e podem envolver:

  • Advertência verbal ou escrita;
  • Suspensão,
  • Rescisão contratual com ou sem justa causa;
  • Outras medidas cabíveis conforme a legislação vigente.
Existe um Código de Ética específico dos profissionais?

Existe um Código de Ética específico dos profissionais?

Sim. São Códigos de Ética profissionais. Muitas profissões são regulamentadas pelos seus conselhos. É o caso do Técnico de Laboratório de Análises Clínicas. 

De acordo com o Código de Ética da profissão, o “técnico de laboratório de análises clínicas é um profissional da saúde de nível médio, cumprindo-lhe executar todas as atividades inerentes ao âmbito profissional técnico de laboratório, de modo a contribuir para a salvaguarda da saúde pública e, ainda, todas as ações de educação dirigidas à comunidade na promoção da saúde em apoio ao profissional farmacêutico”.

A título exemplificativo, este código está dividido em:

  • Princípios Fundamentais: traz normas sobre a dimensão ética da atuação profissional,  sobre a responsabilidade dos técnicos, seu desempenho e o cumprimento das disposições legais.
  • Deveres dos profissionais: traz os deveres do técnico de laboratório, enquanto inscrito no Conselho Regional de Farmácia, independentemente de estar ou não no exercício efetivo da profissão;
  • Proibições aos profissionais: condutas proibidas ao técnico de laboratório de análises clínicas, como desrespeitar as orientações dos profissionais farmacêuticos, praticar procedimento não reconhecido pelo Conselho, e outros.
  • Publicidade e Trabalhos Científicos: traz proibições relativas à publicidade de trabalhos científicos, tais como divulgar assunto ou descoberta de conteúdo inverídico;
  • Direitos: normas sobre os direitos do técnico de laboratório de análises clínicas;
  • Relações Profissionais: regras sobre o comprometimento do técnico de laboratório perante seus colegas e demais profissionais da equipe de saúde;
  • Relações com os Conselhos: normas sobre a relação do técnico com os Conselhos;
  • Infrações e Sanções Disciplinares: advertência ou censura, multa, suspensão e cassação do Registro Profissional;
  • Disposições Gerais: outras normas aplicáveis ao técnico de laboratório de análises clínicas.
Conclusão

Conclusão

Um bom Código de Ética para laboratórios de análises clínicas pode levar seu laboratório a se tornar mais competitivo. Afinal, com condutas exemplares, os colaboradores se inserem em um ambiente de trabalho favorável à produtividade e à excelência na prestação dos serviços. O saldo é o ganho de resultados positivos, o que ocasiona melhoria na reputação do negócio perante o mercado.

Se você ainda não possui um Código de Ética, faça um brainstorming com seus gestores e alguns colaboradores para elaborar o documento. O auxílio de um profissional pode ser importante para evitar regras abusivas. Sem dúvidas, com o Código, sua gestão será muito mais completa.Falando em gestão, separamos 12 dicas para você fazer um bom trabalho. Confira!

Gostou do texto? Não gostou? Comente abaixo!

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *