Quer saber o que é e como funciona o DICOM? Vamos contextualizar um pouco esse tema. Acompanhe!
À medida que a tecnologia avança e novos métodos surgem para auxiliar os expedientes da área da saúde, mudanças são necessárias para manter a boa comunicação e integração entre os diferentes dispositivos, equipamentos e plataformas utilizadas atualmente.
Nesse contexto, se torna indispensável a implementação de padrões e normas para a comunicação e o armazenamento das informações médicas. Atualmente, é muito comum a utilização de imagens e informações computadorizadas originadas de diferentes dispositivos, o que gera uma certa dificuldade no compartilhamento desses dados.
Por essa razão, criou-se o DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine) — ou Comunicação de Imagens Digitais em Medicina, em português —, cuja finalidade é padronizar a troca de informações a partir de um formato eletrônico único, capaz de ser acessado por diferentes equipamentos, independentemente da marca ou do modelo.
Como funciona o DICOM?
Em linhas gerais, como dito, o objetivo do DICOM é estabelecer uma padronização para a grande quantidade de informações que é gerada a partir dos mais diversos equipamentos utilizados nas rotinas médicas atuais.
Desde exames de imagem, como tomografias, radiografias ou ressonâncias magnéticas, entre tantos outros procedimentos com base na utilização de sistemas computadorizados, tudo é simplificado.
A partir do DICOM, inconsistências na troca de informações entre diferentes profissionais e prestadores de serviços de saúde se tornam mais raras. O fato é que a padronização evita que uma avaliação de imagem, por exemplo, não possa ser acessada por outro equipamento diferente daquele que a gerou inicialmente.
O padrão atual do DICOM está na terceira versão, mas continua em evolução constante. O comitê composto pelos principais fabricantes de equipamentos para imagem diagnóstica e renomadas instituições médico-científicas de todo o mundo trabalha para que essa padronização alcance um patamar ainda maior, priorizando-se, inclusive, a compatibilidade com formatos antigos.
Quais são os benefícios dessa medida?
Como reflexo da adoção de um padrão único para a troca de informações entre diferentes dispositivos e profissionais está a possibilidade de que imagens e outros tipos de documentos possam ser acessados por dispositivos móveis.
Como se sabe, cada vez mais a medicina recorre aos serviços mobile para reduzir o tempo de análise e diagnóstico de patologias e condições clínicas.
Nesse sentido, o DICOM facilitará a circulação dessas informações, abrindo espaço para o reforço da telemedicina — conceito em plena expansão e que permite que diagnósticos e laudos sejam emitidos a distância, isto é, sem a necessidade de uma equipe clínica presente fisicamente.
Isso facilita a rotina das clínicas médicas e dos laboratórios, que podem emitir resultados com mais rapidez aos pacientes e garantir a participação de profissionais qualificados, mesmo que não estejam no local.
Além disso, a uniformização no compartilhamento de imagens gera benefícios para os exames que necessitam ser encaminhados via internet. Isso acontece porque as imagens não sofrem nenhum tipo de alteração na qualidade, sobretudo na nitidez, o que poderia gerar equívocos na interpretação feita pelos médicos.
O padrão DICOM também tem impacto direto nos processos que envolvem protocolos — a exemplo do serviço de confirmação de armazenamento, que tem a finalidade de assegurar que determinada imagem foi armazenada em outro dispositivo, ou até mesmo na nuvem.
Essa ação gera mais segurança na manipulação das imagens ao permitir que o usuário tenha a certeza de que elas foram devidamente salvas e podem ser deletadas do seu equipamento sem nenhum tipo de risco.
Quais são os avanços gerados pela metodologia?
Até então, vimos que a metodologia na comunicação de imagens e outros dados estabelecida pelo DICOM gerou uma série de benefícios na praxe médica moderna.
Indo mais a fundo, é preciso mencionar também as implicações do modelo no que diz respeito aos sistemas PACS (Picture Archiving and Communication System) — ou Sistema de Comunicação de Imagens Digitais em Medicina, em português.
O surgimento dos sistemas PACS, lá no final dos anos 1990, só foi possível devido à expansão do protocolo DICOM, que criou normas específicas para regulamentar a troca e o armazenamento das imagens médicas.
Os sistemas PACS compõem um conjunto de ferramentas destinadas ao armazenamento e à transferência de imagens médicas por meio da internet, viabilizando o envio de laudos e informações acessórias, otimizando o processo de diagnóstico.
O trabalho conjunto dos PACS e do DICOM fez com que a variedade de formatos de imagens e documentos se reduzisse com o passar dos anos. Esse cenário contribui para os avanços da medicina diagnóstica, sobretudo quando baseada na avaliação de exames por imagem.
Qual é a importância de estar adequado a esse padrão?
Com a crescente demanda por serviços baseados na tecnologia da informação e no compartilhamento de dados, adequar-se ao cenário médico atual — inclusive no que diz respeito ao DICOM — é um diferencial bastante valioso.
Além de oferecer serviços mais alinhados aos padrões da área médica, atuar em conformidade com o DICOM significa melhorar a eficiência dos procedimentos realizados, reduzindo o tempo de espera do paciente na hora de receber resultados.
Outro ponto que deve ser considerado é que a metodologia em questão é um norte para a manipulação de imagens. Logo, esse é o caminho que os prestadores de serviços de saúde devem percorrer para que erros, atrasos e outros problemas não ocorram.
A tendência é que todos os profissionais e as empresas do setor de saúde façam do DICOM o modelo principal no compartilhamento de documentos e arquivos de imagem. Assim, ações como armazenamento, envio, recebimento e impressão de imagens serão muito mais regulares e otimizadas para as necessidades de profissionais e pacientes.
Percebe-se que deixar de adotar o DICOM é perder a oportunidade de deixar a sua empresa alinhada às mais modernas práticas do mercado, dificultando a interoperabilidade entre dispositivos e estabelecimentos de saúde, gerando uma grande perda operacional para o negócio.
Por fim, agora que você já sabe o que é e como funciona o DICOM, não hesite em tomar todas as medidas necessárias para que essa metodologia faça parte dos serviços da sua empresa.
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